Hoje, no Diário de Coimbra, até parece que o professor João Caetano está a falar de Pombal.
Ora vejamos: "O sistema de representação política funciona mal, conduzindo, frequentemente, à eleição de «representantes» que só se representam a si próprios, bem como a grupos de interesses. Claro que há excepções, mas esta é a regra; e não estou a dizer que os políticos são maus, mas que são fracos, como se vê pela forma como, com medo das consequências, não cumprem as promessas que fazem ou, nas suas decisões, não têm em conta, muitas vezes, a vontade de quem os elegeu, preferindo ceder à vontade de terceiros ou salvaguardar os interesses próprios."
Basicamente, é com isto que temos que conviver, uma política que vive dos interesses dos que estão no topo, dos influentes, dos que só pensam na sua posição e esquecem que à sua volta vivem, ou sobrevivem, pessoas que esperam ser bem representadas, e que a cada novo acto eleitoral acorrem às urnas na esperança de que "desta vez seja melhor".