terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Política de interesses

Hoje, no Diário de Coimbra, até parece que o professor João Caetano está a falar de Pombal.
Ora vejamos: "O sistema de representação política funciona mal, conduzindo, frequentemente, à eleição de «representantes» que só se representam a si próprios, bem como a grupos de interesses. Claro que há excepções, mas esta é a regra; e não estou a dizer que os políticos são maus, mas que são fracos, como se vê pela forma como, com medo das consequências, não cumprem as promessas que fazem ou, nas suas decisões, não têm em conta, muitas vezes, a vontade de quem os elegeu, preferindo ceder à vontade de terceiros ou salvaguardar os interesses próprios."
Basicamente, é com isto que temos que conviver, uma política que vive dos interesses dos que estão no topo, dos influentes, dos que só pensam na sua posição e esquecem que à sua volta vivem, ou sobrevivem, pessoas que esperam ser bem representadas, e que a cada novo acto eleitoral acorrem às urnas na esperança de que "desta vez seja melhor".

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Iluminados

Segundo consta, Pombal privilegia iluminação pública mais eficiente, mas estraga essas boas intenções com a iluminação de Natal. Pessoalmente, não gosto, creio estar exagerada em alguns pontos da cidade e mal distribuída.
E não sou a única a ter esta opinião sobre este que é um dos assuntos mais comentados do momento, ultrapassando mesmo o sempre polémico João Vila Verde. Isto é discriminação...se temos Verde vs Luz, o protagonismo vai sempre para os lados da Luz! E depois vem o nosso presidente falar dos iluminados? Mas quem são os iluminados afinal? Os dos gabinetes ou os que estão contra os dos gabinetes?
De qualquer modo, o aspecto que pretendo realçar é que com uma iluminação assim, os pombalenses têm mais um motivo para não fazerem as compras de Natal em Pombal.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Beijos? Não!

Considero que a gripe A tem sido muito positiva em alguns aspectos, principalmente no que respeita à higiene das mãos. Actualmente, grande parte das pessoas tem especial cuidado não só em ter as mãos lavadinhas e com um aspecto muito limpo, mas fundamentalmente em mantê-las desinfectadas. Nunca foi tão reduzido o risco de transmissão de microorganismos num simples apertar de mão, como é hoje.
Mas o facto mais importante, acontece com a chegada da época natalícia e da suspensão do tradicional beijo ao menino Jesus. Aquele beijo que se dá no pé de um bonequinho, que é beijado (ou mesmo babado) por muitas pessoas, com o mais variado tipo de doenças e com diferentes cuidados de higiene. Um pequeno gesto que mostra a grande característica que rege a igreja - a partilha - não só de um Deus, de uma fé, mas também de microorganismos (patogénicos ou não patogénicos).
Confesso que esta questão faz com que os traumas do passado aflorem à minha mente. Lembro-me da criança ingénua e crente que era, e em particular daquele dia em que me apercebi da quantidade de bocas que passavam pelo mesmo sítio onde eu teria que tocar com os meus lábios, sendo daqui que advém a minha tão forte repugnância por beijos. Foi há muitos anos, e o factor tempo e a não repetição da experiência permitiu que conseguisse ultrapassar esta situação traumática.
Não tive qualquer apoio psicológico nem posso processar quem teve a infeliz ideia de criar esta tradição, mas posso deste modo homenagear o H1N1, que assim previne que muitas crianças e jovens cristãos venham a sofrer de traumas tão difíceis, ou mesmo impossíveis, de ultrapassar.