sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Bastonário na ordem...do dia...

Não serei a primeira, nem a última, a dizer que por vezes as Ordens Profissionais tendem a ser confundidas com os Sindicatos. E essa confusão é acrescida quando os próprios estatutos dizem que uma Ordem tem como finalidade "Fomentar e defender os interesses da profissão médica a todos os níveis".
Todavia, apesar das dúvidas, a grande função de uma Ordem Profissional é de carácter Regulador.

De qualquer modo, neste momento particular, pretendo comentar a notoriedade do actual Bastonário da Ordem dos Médicos, que agora está sempre a falar. Julgo que em nome próprio, e não em representação da Ordem. (Pelo menos assim espero)
Tive oportunidade de ouvir as suas declarações em que supostamente fez o gostinho à Ironia. Enganou bem, porque realmente parecia estar a falar a sério, quando disse Nós devíamos preconizar que as pessoas fumassem mais. Porquê? Porque pagam um imposto elevadíssimo, e portanto, ajudam as Finanças do País."

Também se mostrou muito preocupado com as Finanças do país, ao sugerir a criação de um imposto para Fast-Food, apelidando-o de inteligente.
Tenho duas considerações a fazer.
Primeira: Sendo sugestão sua, o Dr. José Manuel Silva estaria certamente a auto-intitular-se "inteligente".
Segunda: No lado oposto, talvez esteja subtilmente a chamar-nos "burros", para alguma vez aceitarmos a justificação de que este imposto teria como objectivo direccionar as pessoas para um estilo de vida saudável.

Para concluir, a parte em que concordamos em absoluto, muitos dos problemas de saúde [e da Saúde] estão relacionados com a falta de bom senso que tem imperado!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Inaugurações e homenagens

Cada individuo procura deixar a sua marca neste mundo, eventualmente para contornar a efemeridade da vida.
Porém há marcas que são, no mínimo, descabidas e fruto de endeusamentos com significado questionável.
Considero que bustos, estátuas, nomes de ruas, e outras formas de homenagem, são só uma forma de usar os recursos sem ter em conta as reais prioridades para o ser humano, ou de criar um conjunto de aparências que em nada contribuem para a nossa qualidade de vida, e para o nosso crescimento enquanto pessoas.
Mais "estapafúrdia", considero a colocação de uma placa no local de passagem num Estádio Municipal com a gravação do nome de uma pessoa que esteve na inauguração do mesmo, sendo à data um dos maiores fenómenos de Marketing. Para além disso, acredito que esta presença tenha sido paga, e não só com a dita placa.
Falo especificamente, da presença de Paulo Futre na inauguração do Estádio Municipal de Condeixa, e que será recordada por uma placa passível de ser, literalmente, pisada.Haja dinheiro, que o resto é conversa! Mas as pessoas gostam destas coisas, e atribuem um grande valor...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ressaca de Bodo.

5 dias de festas, e mais uns quantos de trabalho e dedicação chegam ao fim num "piscar de olhos".
Já todos sabíamos que este Bodo seria mais modesto, mas também sabíamos que o divertimento e os reencontros seriam uma garantia.
Manteve-se a festa até às tantas (e o descontentamento de alguns Pombalenses), a arruada de acordeonistas, as farturas, os copos, a música, a dança, as exposições.
Para alguns, o desfile das confrarias pode ter causado alguma inquietação, para outros terá sido a maratona de inaugurações e todo formalismo associado.
Agora, resta a saudade. Não do Bodo, mas sim de algumas marcas do passado recente.
Saudade, por exemplo, do comboio da Associação Comercial. Quem se recorda do delírio das crianças no comboio que percorria as principais ruas da cidade nesta altura do ano, e também no Natal.
Ainda existe? Onde pára?
Existe sim! E a pergunta está realmente bem colocada, o comboio está parado nas traseiras da AICP, tal velho necessitado de cuidados médicos (eventualmente paliativos), afinal abandonado num canto onde não cause muito transtorno nem seja visível à maioria da sociedade Pombalense.
É caso para dizer: Descansa em Paz!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Questões Ambientais

No que respeita à Área Ambiental, muitos têm sido os passos dados na identificação dos problemas existentes e das consequências futuras das acções do presente. Com protocolos, tratados e afins não se tem conseguido a união dos países (grandes), e mesmo os que se unem não cumprem os objectivos dos acordos.


Isto não significa que estejamos perante o insucesso nesta matéria porque, apesar do mau exemplo geral, as pessoas por norma já interiorizaram a necessidade de adoptar atitudes que contribuam para o desenvolvimento sustentável.

A campanha que mais proveitosa e pode considerar prende-se com a reciclagem, ampliada para política dos 4R's: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Racionalizar.

Quando falamos em Reciclar, de um modo simplista, trata-se de transformar algo que já não tem utlidade (lixo) noutra coisa.

Portanto, o facto de Portugal ser considerado lixo pela Moody's abre o caminho à Reciclagem, isto é, Mudança. Estamos a chegar ao limite...mas ainda há a possibilidade de Reciclar, associada à Redução de despesas, racionalização dos recursos e à reutilização de pessoas que desempenham de forma competente as suas funções, independentemente das ligações politico-partidárias.


A decisão é nossa.


Continuar a ser lixo ou dar-lhe uma nova vida.

domingo, 10 de julho de 2011

Os corajosos do Pombal

O plantel está definido. São 21 corajosos (equipa exclusivamente masculina) que assumem a responsabilidade de garantir um futuro para o Sporting Clube de Pombal.
A maioria dos adeptos terá como foco de atenção o Futebol Sénior (Pedro Roma), mas a grande força está notoriamente no Futebol Juvenil (Carlos Branco) e nos seus 205 atletas em formação.
Não é suficiente, uma vez que a viabilidade do clube estará dependente da Área Financeira (João Matias). Todavia, os primeiros resultados visíveis serão certamente nas áreas de Marketing e Publicidade (Daniel Francisco).
Com as enormes dificuldades oficialmente apresentadas no relatório de contas, e porventura também devido a um Presidente da Assembleia (Pedro Pimpão) já habituado ao organismo, não poderia faltar no Pombal uma versão interna da Troika (Sérgio Gomes).

A aposta na formação e em jogadores de Pombal será uma realidade, tal como a tentativa de que os Pombalenses se identifiquem com o Sporting de Pombal, e prestem apoio dentro das suas possibilidades.
Já sabemos que é fácil criticar, e mais fácil ainda ignorar. Porém, agora devemos mesmo agradecer aos que abraçam este clube com 89 anos de existência e que herdam o bom e o mau, com força e determinação.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vem cavalo bélico, vem!*

Se é importante descobrir a origem dos problemas, mais ainda é resolvê-los. Nem sempre se encontra uma solução definitiva sem que se conheça o motor da questão passível de resolução.
Todavia, perdemo-nos à procura de origens e culpas sistematicamente encobertas. Os problemas vão persistindo e multiplicando-se.
Precisamos de soluções AGORA. Não interessa concluir a todo o momento que chegam tarde. O importante é que elas sejam encontradas e aplicadas o mais rapidamente possível.
É inadmissível consolidarmos o nosso atestado de incompetência ao permitir que as nossas responsabilidades e os nossos problemas sejam trabalhados pelas mãos de outros.
Entrámos na guerra de Troi(k)a sem armas e em desvantagem inquestionável. Haverá astutos que construam o cavalo da vitória, e conduzam o navio contra ventos e tempestades, em direcção a terra firme?
Contra os Mostrengos, remar, remar!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Partidos Políticos?!

Este meu comentário surge na sequência do artigo da autoria de João Nogueira dos Santos publicado no Semanário Expresso de 15 de Janeiro de 2011. Nesse artigo, o autor faz jus ao projecto de promoção da participação política dos cidadãos. Até aqui nada de negativo, bem pelo contrário, uma vez que concordo ser importante aproximar as pessoas da política, e da actividade política, sendo a integração de partidos políticos um meio eficaz para tal. No entanto, não é o único. A título de exemplo, temos cada vez mais movimentos cívicos, que são outra forma de aproximação e de responsabilidade dos cidadãos perante os destinos políticos.
Voltando à questão partidária, julgo que é excessivo atribuir a origem dos “principais problemas que hoje se apontam aos partidos” ao facto de a grande maioria dos cidadãos não participar nas suas estruturas. E porque não pensar na origem da demissão dos cidadãos em participar nos partidos políticos? O descrédito é uma realidade, cada vez mais frequente. Quem entra de novo nos partidos, dificilmente consegue fazer valer um espírito de mudança. Ou se subjuga ao esquema interno do partido e às ideias e formas de actuação implementadas pelos seus órgãos, ou se é remetido à minoria e rejeição, que não têm quaisquer efeitos práticos dentro ou fora do partido.
Dir-me-ão que nada se consegue sem esforço, sem aguentar algumas dificuldades, sem suportar as agruras de ter que caminhar ao lado de opiniões divergentes. Mas vale a pena fazer esforços que apenas esgotam? Vale a pena o sacrifício por um objectivo que para além de difícil de cumprir em situações normais, se torna quase impossível perante as rasteiras e a falta de força comum? Ou devemos ser realistas, e canalizar as nossas energias para a prática associativa, para uma formação que nos permita contribuir positivamente para os destinos do nosso país, criar ou integrar movimentos cívicos, apoiar pontualmente actividades políticas. Cada um é dono de si, e deverá se capaz de analisar as circunstâncias e o meio em que está inserido, escolhendo o que poderá ser o melhor para si e para o seu contributo na sociedade civil. Esta capacidade de análise que refiro, também diz respeito à própria análise prévia dos partidos. Infelizmente deparamo-nos com muitos preconceitos que levam a descrédito infundado, ou mesmo equívocos relativamente à orientação partidária.
Não posso deixar de referir que, efectivamente, os partidos precisam de pessoas. E muitos, principalmente a nível local, sentem a sua actividade ameaçada por falta de participação. Mas a falta de participação não é a origem, é o resultado de más orientações, ou estratégias e políticas pouco definidas.
É fácil entramos num discurso falacioso por generalização. No entanto, creio ser injusto atribuir a culpa do que acontece nos partidos a quem não participa activamente nas suas estruturas. Também considero injusto atribuir essa não participação activa nos partidos a desresponsabilização, porque há muitas pessoas que não pertencendo a partidos políticos encontram outras formas de participação cívica, assumindo responsabilidades e cargos que resultam num contributo positivo para a sociedade. Claro está que não são assim tantos, mas há que pelo menos tentar não ser injusto com aqueles que fazem alguma coisa, de forma a não promover também a desmotivação em relação a actividades alternativas aos partidos políticos.