O regresso de férias (rentrée, para os que gostam de estar na moda) da AM Pombal foi assinalado por uma publicação muito especial, e que estava difícil de acontecer, das actas respeitantes às reuniões realizadas no presente mandato. Quatro de uma vez, vêm provar que este órgão regressa com um grande vigor, que se julgava inexistente. Depois da impotência demonstrada na quase nula resposta ao “caso do desfalque”, temos razões para acreditar que as férias possam ser o viagra da nossa AM. Até ao fim do mês comprovaremos se os Vereadores, Deputados e Presidentes de Junta também tomaram a sua dose de vitalidade.
Quando falamos na relação literatura-cinema, regra geral, primeiro dá-se a publicação da obra escrita, e só depois a possível adaptação para filme, que se traduz comummente numa desilusão. Na AM, primeiro trata-se do filme, e só depois da adaptação à escrita. O denominador comum, é mesmo o sentimento de desilusão.
Apesar de ser mais formal e selectiva, a versão escrita tem adaptações que se traduzem na perda de alguns pormenores interessantes que mostrariam o real ambiente da AM. A título de exemplo, a supressão das didascálias(1) do Presidente da AM.
Também há critérios que aparentemente não estão bem definidos, sendo que algumas intervenções do Presidente da Câmara e do Presidente da Assembleia são resumidas em termos de conteúdo, em vez de se proceder à sua transcrição.
“Nesta altura o Senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao Senhor Presidente da Câmara que teceu as considerações que entendeu”. (Acta nº0002/AM/10, de 30-04-2010, p.36) Uma excelente forma de resumir!
E há perdas de identidade assinaláveis, como a não inclusão do “pá” que caracteriza o António Carrasqueira.
Mas foram aprovadas, e isso é que interessa, se houvesse erros seria quase impossível que escapassem às dezenas de pessoas que as leram.
(1)Foi usado o termo didascália, pois o autor não conseguiu encontrar uma palavra simpática que significasse comentários descabidos, inoportunos, cómicos, informais, inconvenientes, por vezes completamente descontextualizados, sem rigor, descabidos, com elevada dose de tendenciosismo e parcialidade. Ainda se pensou recorrer a um romance de Dostóievski, mas optou-se por deixar de lado estrangeirices e literatura, com receio de suspeitas de gosto pelas actividades características dos intelectuais.
Quando falamos na relação literatura-cinema, regra geral, primeiro dá-se a publicação da obra escrita, e só depois a possível adaptação para filme, que se traduz comummente numa desilusão. Na AM, primeiro trata-se do filme, e só depois da adaptação à escrita. O denominador comum, é mesmo o sentimento de desilusão.
Apesar de ser mais formal e selectiva, a versão escrita tem adaptações que se traduzem na perda de alguns pormenores interessantes que mostrariam o real ambiente da AM. A título de exemplo, a supressão das didascálias(1) do Presidente da AM.
Também há critérios que aparentemente não estão bem definidos, sendo que algumas intervenções do Presidente da Câmara e do Presidente da Assembleia são resumidas em termos de conteúdo, em vez de se proceder à sua transcrição.
“Nesta altura o Senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao Senhor Presidente da Câmara que teceu as considerações que entendeu”. (Acta nº0002/AM/10, de 30-04-2010, p.36) Uma excelente forma de resumir!
E há perdas de identidade assinaláveis, como a não inclusão do “pá” que caracteriza o António Carrasqueira.
Mas foram aprovadas, e isso é que interessa, se houvesse erros seria quase impossível que escapassem às dezenas de pessoas que as leram.
(1)Foi usado o termo didascália, pois o autor não conseguiu encontrar uma palavra simpática que significasse comentários descabidos, inoportunos, cómicos, informais, inconvenientes, por vezes completamente descontextualizados, sem rigor, descabidos, com elevada dose de tendenciosismo e parcialidade. Ainda se pensou recorrer a um romance de Dostóievski, mas optou-se por deixar de lado estrangeirices e literatura, com receio de suspeitas de gosto pelas actividades características dos intelectuais.
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