quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Violência Conjugal

Chegados à recta final do ano, os balanços são tradição que ainda não se perdeu. As estatísticas, os números, as comparações relativamente ao ano anterior são tantas, que certamente acabamos por ter apenas noções gerais dos acontecimentos.
Mas o que pretendo aqui abordar, de forma claramente superficial, é a violência doméstica. Quando lia um artigo do Jornal Expresso de 23 de Dezembro, que referia que 41 mulheres foram mortas em situação de violência conjugal ao longo do presente ano, não fiquei particularmente surpreendida ou chocada. O que me surpreende é o facto de relativamente à violência doméstica, parece que só acontece com mulheres (eu nem quero imaginar se alguém se resolvesse a contabilizar os fenómenos de violência psicológica, passávamos todos a fazer festinhas aos homens!). Mas o que me choca é ser referido que 10% das grávidas sofrem de violência doméstica. Isto sim, é chocante. Como é que é possível o ser humano não ter sensibilidade para perceber que está a fazer mal a alguém que ainda nem sequer pôs os pés neste mundo cruel? Para tudo há limites! Se tenho sérias dificuldades em compreender o comportamento em determinadas situações, estrapassa todo e qualquer limite de sanidade mental.
("Este número assustador e trágico, que peca por defeito". É o que está escrito. O bom senso faz nos perceber de imeadiato o que se pretende dizer. Mas é curioso com aquilo que dizemos pode dar azo a outras intrepretações. Neste caso, poderia alguém vir dizer que há que considere que estes números deveriam ser superiores. Obviamente que não é nada disso, bem pelo contrário.)

2 comentários:

  1. É realmente abjecta essa violência sobre mulheres grávidas que deviam ser de forma particular acarinhadas. No entanto, o fenómeno violência não tem só um autor (homem) e uma vítima (mulher). As minha experiência pessoal e as minhas leituras indicam-me que a violência das mulheres é tão frequente quanto a dos homens, só que muito mais subtil.

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  2. Este é um tema que espero em breve poder aprofundar, não com experiência prática de acto violento, claro está ;)

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