domingo, 18 de outubro de 2009

Estádio Municipal de Aveiro

Em virtude da realização do Euro 2004 foi construído o Estádio Municipal de Aveiro, uma relíquia que só serviu praticamente para esse feito, sendo que actualmente não se sabe exactamente como fazer face sequer às despesas de manutenção. Muitas hipóteses têm sido levantadas e até já há quem defenda a mais extrema, a demolição.
Não há problema nenhum, são apenas 66 milhões de euros de construção, mais um milhão de euros anual de manutenção. Estes valores não são nada, até o Cristiano Ronaldo vale mais do que isto.
Mas voltando à questão da demolição. Normalmente, nestes projectos deve fazer-se um estudo que preveja a necessidade da obra e as consequências da sua construção a curto e longo prazo. E não só em projectos grandes, qualquer um de nós que pretenda a construção de uma casa, primeiro idealiza e faz uma análise dos custos inerentes à construção e manutenção e só depois avança para a realização da obra. Talvez nem todas as pessoas façam as coisas assim, mas mesmo que após a construção da casa esta não seja o ideal e exija despesas de manutenção muito elevadas, não me parece que se parta para a demolição, a não ser que o dinheiro afinal seja suficiente para esbanjar.
As diferentes opiniões referentes ao tema, partem de diferentes partidos políticos, o que é extremamente importante. E até acho curioso que se equacione a possibilidade de um referendo local aos Aveirenses, como se eles é que tivessem o dever de decidir por aqueles que elegeram como seus representantes. É muito mias fácil dar essa responsabilidade aos cidadãos do que procurar soluções e assumir as responsabilidades.
Vamos esperar para ver o que acontece a este e a outros estádios que estão literalmente "às moscas".

1 comentário:

  1. Lembro-me de ter visto um documentário da RTP sobre a entrada de Portugal na CEE, realizado algures entre 1982 e 1985, em que se dizia aos agricultores portugueses que uma das vantagens de entrar na Comunidade era que tudo iria ser tão bom que até se iria passar a vender os produtos aos preços lá de fora, o que resultaria num lucro fabuloso. A sério, o paleio era assim mesmo. Isto apenas para demonstrar que todas as decisões políticas são tomadas com argumentos que adoçam a boca de quem os quer ouvir, tal como a construção de dispendiosos estádios que, passado dois jogos, não servem para mais nada.

    Sou ferveroso defensor da democracia participativa, mas neste caso concordo consigo: sob pena de a subverter, ela não deve ser usada para desresponsabilizações.

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