terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Política de interesses

Hoje, no Diário de Coimbra, até parece que o professor João Caetano está a falar de Pombal.
Ora vejamos: "O sistema de representação política funciona mal, conduzindo, frequentemente, à eleição de «representantes» que só se representam a si próprios, bem como a grupos de interesses. Claro que há excepções, mas esta é a regra; e não estou a dizer que os políticos são maus, mas que são fracos, como se vê pela forma como, com medo das consequências, não cumprem as promessas que fazem ou, nas suas decisões, não têm em conta, muitas vezes, a vontade de quem os elegeu, preferindo ceder à vontade de terceiros ou salvaguardar os interesses próprios."
Basicamente, é com isto que temos que conviver, uma política que vive dos interesses dos que estão no topo, dos influentes, dos que só pensam na sua posição e esquecem que à sua volta vivem, ou sobrevivem, pessoas que esperam ser bem representadas, e que a cada novo acto eleitoral acorrem às urnas na esperança de que "desta vez seja melhor".

3 comentários:

  1. Politicamente sou pessimista: Nunca é melhor!
    Quanto aos interesses instalados em Pombal é evidente que o deslumbramento narcísico (o elogio, mesmo falso, a palmadinha nas costas, o encómio soez e interesseiro) tem permitido a permanência no poder a Narciso Mota.
    A JA não sabe (é jovem) mas eu fui adjunto dele no seu primeiro mandato.
    Sempre o aconselhei com verdade mas sem lisonja... nunca mais fui convidado para nada e cheguei a pertencer à Comissão Política Concelhia e delegado concelhio a um congresso nacional do PSD. Claro que me auto-exclui do partido!
    Um abraço

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  2. Desculpe eu não completei o meu pensamento. O feitio, ou personalidade descrita do Presidente da Câmara, a sua pouca exigência intelectual com ele próprio e com os outros convém aos oportunistas do Concelho, que assim encontram campo fértil para as suas pequenas ou grandes ilegalidades ou ilegitimidades.
    Um abraço.

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  3. Boa noite professor, sabia que tinha sido adjunto do Eng. Narciso Mota, e só lhe posso dar os parabéns por não ter compactuado com o que denomina "deslumbramento narcísico". Decerto que seria muito mais fácil e vantajoso permanecer.
    O que mais me decepciona em Pombal não são os projectos nem sempre bem concretizados, ou a falta de ambição em algumas áreas, mas sim a "sujidade" que corre nos órgãos de poder e a forma como muitas vezes se consegue chegar a esse mesmo poder.

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