Não é novidade que grande parte das pessoa considera as questões filosóficas e tudo o que respeita à filosofia uma chatice. Como sempre gostei muito de coisas "chatas", ontem fui toda satisfeita à Livraria Almedina para assistir a uma actividade intitulada "Filosofia e Filosofar - o que interessa isso hoje?", e cujo tema era "A Família da Sociedade Moderna: Génese e estabilização dos espaços de Comunicação Intima.", sendo dirigida por Cláudio Alexandre Carvalho, investigador da FLUC.
Pensava eu que esta seria uma estratégia para aproximar as pessoas à investigação filosófica, sem aprofundar, naturalmente. Deparei-me com algo inesperado, um investigador que faz uma comunicação, ou seja, somente lê (e com enganos sistemáticos) um texto de 26 páginas! Não é uma abordagem muito motivante! A única coisa que se consegue é enraizar mais a ligação filosofia="seca". E fazer com que os interessados, como eu, para a próxima prefiram aplicar o seu tempo a ler um livro, por exemplo.
Que seca, realmente!
ResponderEliminarGraças a Deus (ou à inteligência dos homens e mulheres) sempre tive professores que em Filosofia não debitavam teorias mas fomentavam discussões. Por isso gosto de Filosofia. É que filosofar é pensar e é certamente aqui que está a dificuldade do Homem actual.
Um abraço
Os melhores professores da minha vida, foram os de Filosofia! Mas a matéria não era debitada ou lida, era debatida, posto á discussão e sempre participada.
ResponderEliminarAi que saudades da "catarse" filosófica e tão ideológica em termos do acreditar sermos os salvadores do mundo(também fruto da idade),apesar de, confesso que ainda mantenho esses traços da adolescência...
Cpts
A filosofia em si não poderá ser uma seca, a procura de conhecimento, o pensamento constante sobre a realidade são indispensáveis. Sinceramente não me parece que seja essa a imagem que passa da filosofia nas escolas, porque o método pedagógico escolhido não é o melhor para disciplina alguma, muito menos para uma em que se pretende desenvolver o pensamento.
ResponderEliminarTive a sorte de ser ensinado pelos dois modelos e, embora me tenha desenrascado razoavelmente em ambas, obviamente gostei mais que me estimulassem a pensar do que a "marrar" e penso que se assim fosse sempre, daria prazer ter aulas de filosofia.
Só tive filosofia dois anos, e era na altura dos testes que eu verificava que a maioria dos meus colegas não se interessava minimamente por filosofia e o seu único interesse passava por fazer a disciplina porque tinha mesmo que ser. Os "auxiliares de memória" era a base de realização de testes.
ResponderEliminarQuando o pensamento é que deve imperar, usa-se uma memória que nem sequer é a sua!
Espero bem que já não seja assim.
Eu tive filosofia no 10º ano, uma professora estagiária que nos obrigava a decorar e debitar matéria. No primeiro teste tive 19,5 porque em vez de "está sempre" escrevi "sempre está". Acabei a disciplina com 17, mas não senti que tivesse contribuído minimamente para a minha formação e muito menos que tenha sido uma prazer ter a disciplina.
ResponderEliminarNo 11º ano sim, desenvolvi o raciocínio e espírito crítico. Não se reflectiu na avaliação (mantive a nota) mas aí sim aprendi e tive prazer em aprender, que deve ser sempre o mais importante.
Há gajos chatos em todo o lado, e os da Filosofia são daqueles que nem com “Genitrex” se tratam. Até me dói só de imaginar o mau momento por que passaste.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNão foi um mau momento, porque permitiu-me avaliar a situação e aprender com ela. A observação do que é mau pode ser muito positiva, se soubermos aproveitá-la, naturalmente. Quanto mais não seja para partilhar com os amigos através do blogue ;)
ResponderEliminarE até foi interessante olhar para aquele tipo que parecia uma espécie de alienado da sociedade. Para filosofar, é fundamental conhecer o mundo, não basta andar agarrado ao que outros escreveram e a pensar como se não existisse mais nada à volta.
Andar agarrado ao que os outros escreveram é algo que sempre me fez confusão. Claro que temos de beber do conhecimento dos outros, mas a filosofia (e não só) não pode parar nos livros, tem de ser feita por cada um de nós, perante a nossa realidade.
ResponderEliminar