Agora que o Papa bento XVI já se foi embora, tivemos finalmente a comunicação da decisão do Presidente da República de promulgar a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
A crítica é realmente o que se pode retirar do discurso do presidente. Por um lado, a sua crítica à actuação e às prioridades da Assembleia da República, e directamente às forças partidárias, que "não quiseram ponderar um princípio elementar de acção politica" que permitisse uma escolha que causasse menos conflitos sociais. Por outro lado, quando tudo o que diz é passível de críticas, a começar pela justificação (se é que podemos dar-lhe esse nome) da promulgação da lei, que é completamente absurda. Agora a situação económico-social em que nos encontramos é justificação para tudo? Para além disso quando diz que não deve contribuir para arrastar este debate, devia lembrar-se que já o fez, porque a sua decisão poderia ter sido tomada há muito tempo, tempo esse em que talvez tivesse um bocadinho para pensar nos "problemas que afectam gravemente a vida das pessoas".
"Há momentos da vida de um país em que a ética de responsabilidade tem que ser colocada acima das convicções pessoais de cada um." Só momentos? Eu julgava que devia ser sempre! Agora percebo porque a ética de responsabilidade está em vias de extinção.
Aproveito para divulgar uma preciosidade que os conhecedores das paredes coimbrãs decerto já tiveram o prazer de observar.
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