Seria necessário um rigoroso estudo para obter uma conclusão verosímil. Mas como não há tempo nem interesse em fazer um trabalho deste tipo, há que lidar com a realidade e cada um tirar as suas próprias conclusões.
Uma Assembleia Municipal que começa 54 minutos depois da hora prevista, em que não há disciplina, os deputados andam num "entra-sai" constante, em que se trocam acusações (e nomes), na qual o presidente tem uma postura que considero pouco correcta, em que há quem se exalte, em que é necessário estar constantemente a lembrar as regras de participação, em que os tempos existem e é suposto cumpri-los com um semáforo, em que as ofensas pessoais e os argumentos relacionados com a experiência política superam os argumentos que realmente respeitam às questões discutidas, em que um dos vereadores é tão aplicado que não larga o contacto com o computador. Acho que já é suficiente para exemplificar aquilo de que falo. Não posso deixar de fazer um apontamento à pessoa que realmente teria um papel preponderante para alterar isto, mas que não tem poder para isso, o presidente da assembleia. Um presidente parcial, que está sistematicamente a fazer observações perfeitamente dispensáveis e inoportunas, que faz juízos de valor aos comentários dos deputados, e que inclusivamente elogia as intervenções do presidente da câmara (eu diria, bajula, ou engraxa). Falta uma figura de autoridade.
Penitencio-me quanto ao entra e sai. Confesso que o meu vício é demasiado puxado por algumas intervenções e pouco travado pelo decorrer dos trabalhos.
ResponderEliminarComo penitência, julgo que o camarada devia autorizar-me a fazer um post usando o seu nome, enquanto deputado. Posso? ;)
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ResponderEliminarO meu nome não deve estar livre de críticas. Quando tornei o meu nome parte da coisa pública foi sabendo que passava a ser de todos. Com humildade digo, é para ser usado.
ResponderEliminarP.S.: Para a JA - Faltava o "digo".
Uma vez que o teu nome é de todos, faço questão de usar a minha parte.
ResponderEliminarJá agora, se não é abusar, foi só mesmo o nome que tornaste parte da coisa pública?
Todas as minhas acções no desempenho de cargos públicos (como o de deputado municipal) ou de representação de organizações públicas (associações, partidos)estão nesse campo. Tudo o resto já só pertence a mim.
ResponderEliminarOu seja, o normal.
Cara menina JA!
ResponderEliminarSubscrevo integralmente o que escreveste. Fiquei chocada com a pouca dignidade que reinou na AM. O entra e sai dos deputados municipais, dos vereadores, de alguns Presidentes de Junta (o amigo Rodrigues Marques não deve ter assistido nem a metade)e do próprio Presidente da Assembleia Municipal.
Verdade seja dita: Narciso Mota nunca saiu do seu lugar! Tirando o seu discurso entediante e que confesso, estou farta de ouvir o mesmo!
Mas como querem que o comum dos mortais respeitem estes políticos?
Pois é menina JA parecia mesmo a Taberna!!!
Cara Marlene, a maioria das pessoas não sabe realmente o que se passa na AM. Se eu disser que fui assistir à AM, todo o pombalense tem a sua opinião, baseada em ideias preconcebidas, porque ir lá para ver como as coisas são, nem que sejam 15 minutinhos...quase ninguém vai.
ResponderEliminarO Narciso não tem vícios, por isso não tem desculpa para sair ;)
Eu tive uma ideia! Se estiver presente na próxima AM, posso usar o meu curso de massagem terapêutica para proporcionar maior conforto aos deputados...e à custa disso ainda fico rica!
Caro João, discordo de um pequeno aspecto.
ResponderEliminarA tendência é considerar normal o que respeita às maiorias. Se olharmos à nossa volta, o que se passa é que pessoas com uma perspectiva de acção como a que referes pertencem a uma minoria. mesmo os que assumem funções de domínio político e/ou associativo, fazem-no maioritariamente com uma centralização nos interesses próprios (ou mera busca de poder).
Portanto, pernteces a uma minoria, logo a uma situação que não é normal. (espero que mantenhas sempre essa postura)
Agora um raciocínio muito parvo:
Tornar o nome parte da coisa pública significa que o nome passa a ser de todos. Logo, dedicar-se de "corpo e alma" à coisa pública, significa que o corpo e a alma passam a ser de todos. Hummm, interessante! STOP, vou pôr um travão nestas deduções que isto está a tornar-se assustador e daqui a pouco já estou a dizer que os deputados devem ir nús para a AM, não para cativar o público, mas sim para se "fornicarem" mais facilmente uns aos outros (ooooppps...sou mesmo perversa!)
Agradeço a responsabilização. Espero estar à altura dela.
ResponderEliminarMas posso garantir que felizmente não estou tão perto da solidão na minha luta quanto alguns pensarão. Não sou nem o mais sacrificado nem o mais capaz. Há aí dos bons que se esforçam permanentemente. E há outros que só estão à espera das condições certas, uma certa abertura para a melhor oportunidade. Mesmo em Pombal, mesmo naqueles que estão "silenciosos" e "cooperantes" com os regimes.
E então no movimento associativo a realidade é de que os sacrificados são mesmo muitos, como te dirá um companheiro presidente de muita coisa.
Quanto ao segundo parágrafo: LOL. Aquando da pergunta quanto ao que de mim é público já temia por este fim. Descansemos todos que o cenário dantesco não está para nada nada breve.
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ResponderEliminarCaro João, nunca referi que eras o único, mas sim que pertences à minoria. É difícil convencerem-me do contrário.
ResponderEliminarQuanto à parte do associativismo, é preciso muita dedicação, muita luta, lidar com pessoas que nunca fazem coisa nenhuma e que estão sempre prontas a críticar. Não há perfeição (estou a tentar convencer-me disso para não ser uma frustrada o resto da vida.eheheh), mas há o tentar começar por algum lado.
E há pessoas que estão prontas a ajudar em qualquer projecto/iniciativa, e que pelo menos tentam participar nas actividades promovidas.
Quanto ao fim, podia ser bem pior, mas eu ainda consegui fazer um esforço de contenção, e tu também não ajudaste ao descalabro. Sempre muito correcto, pelo menos não te metes em alhadas. Com estas brincadeiras, que nem toda a gente tem capacidade para discernir, o que costuma acontecer é perder-se credibilidade. Mas eu sou assim, gosto disto, pois permite suavizar coisas que me entristecem particularmente.
Olá "menina JA" (lol).
ResponderEliminarChegámos a isto. Não é que eu seja tipo "velho do Restelo", mas defendo que, quando há obrigações não há devoções! Essa de saír e entrar, em que questionas se é Nobre ou Taberna, de certeza que muitos visados, numa taberna não têm este comportamento.
Por isso, deve-se aconselhar os Srs. Deputados Municipais, que antes de ir para uma sessão, deverão passar pela latrina, onde farão o seu xixi, e antes de entrar, deverão fumar o seu cigarro, ou até 2, para dotar a sua circulação sanguínea da quantidade de nicotina que achem suficiente. Os telélés, são para desligar! Lá dentro, comportem-se! Isto é o mínimo que eu pediria a quem mandatei para defender os meus interesses como munícipe.
Quanto à Presidência da AM, isso denota uma falta de "savoir faire", um despotismo marcado, sentimento que enfim!, é comum naquela faixa política.
Tanto quanto sei da política local, aqui e por essse Portugal além, nada é o que é e mesmo o que parece às vezes é mesmo... Resumindo: diz, salvo erro, a Constitução que a Câmara é um órgão colegial, então porque decide o Presidente como se fosse Deus? (Haja um Deus que nos governe é expressão sua e favorita.) A Assembleia, segundo o mesmo documento fundamental, devia fiscalizar os actos da Câmara... mas fiscalizar como, se a maoria é da cor do Presidente da Câmara e muitos senhores "deputados" devem-lhe favores?
ResponderEliminarHá muito que o poder local é um_faz_de_conta que só serve as claques partidárias...
Saudações.
Nos estabelecimentos de ensino há obrigatoriedade de fazer intervalos, porque há estudos que comprovam que a capacidade de concentração diminui, havendo necessidade de momentos de pausa, em que se recupera energias. Porque não acontecer o mesmo em AM? Se bem que a AM ainda consegue funcionar que algumas salas de aula deste país, mesmo do ensino superior.
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ResponderEliminarA pedido do camarada Jorge Ferreira publico o comentário por ele eliminado por equívoco:
ResponderEliminar"dessas visitas uma peregrinação preparatória da entrada no templo e com generosidade as massagens que referes, proporcionando aos ilustres deputados,novos ou velhos, esse caminho de ascese de que eles tanto parecem precisar. Deus espera por eles, e o povo, como sempre, saberá ser-te grato."
De qualquer modo, o Jorge devia estar a delirar quando aplicou o adjectivo "grato" ao povo! Ah, já percebi, é grato ao NM! Quem é que espera por eles?? Deus?! essa é muito boa. Se eles estrarem no paraíso rapidamente tornam aquilo um inferno!